Terei do que lembrar, sim, mas não é algo tão bom assim. A Seleção Brasileira, pentacampeã, levou sete gols da Alemanha, SETE e não foi mais por sorte. E o Oscar, aquele que eu queria que fosse o cara da Copa do Mundo do Brasil, pelo menos fez o gol de honra no jogo do vexame. Uma semifinal histórica e um final no amargo quarto lugar, que convenhamos foi merecido. O time do Brasil não fez nada demais e astronômico que merecesse muito mais.
Vi um time ser campeão, sim um time e não um craque. Uma equipe, foi assim que a Alemanha foi tetracampeã. Poderia ficar ao longo de vários parágrafos descrevendo tudo que me encantou neles aqui, mas vou citar quatro coisas: - a simpatia deles com o povo da Bahia onde ficaram concentrados durante o Mundial, o espeito na goleada contra o Brasil com comemorações contidas mesmo com sete gols, o Podolski e as postagens dele no Twitter em português incluindo hastags como #sabadenadainocente e na hora de levantar a taça de campeão, quando não só o capitão fez o tão famoso gesto lançado por um brasileiro no bicampeonato canarinho, e sim um por um dos jogadores e o técnico com todos comemorando em volta.
Enfim, a Copa acabou e ainda é estranho que a programação da TV tenha voltando ao normal, que dias de jogo do Brasil não terão clima de sexta-feira em plena segunda e por aí vai. Das minhas expectativas: o Oscar não foi o cara. O Jô não foi o Gabiru, mas jogou mais que o Fred (cone). Aliás, o título de Gabiru da Copa do Mundo 2014 eu dou para o Götze, que saiu do banco da Alemanha e fez o gol do título no segundo tempo da prorrogação.
Depois de um mês posso dizer que vivi uma Copa no Brasil, não a nenhum estádio, mas foi no meu país. Cresci escutando que em 1950 o Mundial havia sido aqui, que o Brasil perdeu na final. Agora eu posso contar que a Copa do Mundo 2014 entrou para a história com 171 gols, empatada com o Mundial de 1998 na Austrália. A Costa Rica foi a zebra, passou pelo temido grupo da morte e chegou as quartas. Itália, Inglaterra, Espanha e Portugal voltaram para casa ainda na primeira fase. O Brasil seguiu com mais sorte que juízo. A Alemanha mereceu. A Argentina bateu na trave de ganhar uma Copa no Brasil, já imaginou o que seria o bullying? Mas, confesso, senti pena deles depois do gol alemão. Já passou.
O Gigante da Beira-Rio sediou jogos memoráveis. A festa de abertura foi sem graça, apagada e nada brasileira. O encerramento foi bem mais legal, teve samba e Ivete Sangalo. Até o Fuleco apareceu. Os brasileiros acharam o máximo vaiar a presidente no estádio no primeiro e no último jogo da Copa, só esqueceram que essa era a imagem que estava indo para o mundo todo e que fica bem mais bonito vaiar político na urna. Os protestos não aconteceram na grandiosidade que estava sendo prevista. Os que agouravam a Copa morderam a língua, ao que parece deu tudo certo e saiu tudo lindo.
Agora acabou, é preciso esperar quatro anos para ouvir novamente o “oeaaaaa” da musiquinha da Fifa na abertura dos jogos. A Rússia nos aguarda em 2018. Sobre ouvir o hino brasileiro no estádio cantado à capela, é inexplicável e as crianças que entravam com a Seleção cantando abraçadas, de arrepiar. Para isso, precisamos de jogos no Brasil. Agora resta o Brasileirão e o Inter, que costuma ter sorte em anos de Copa do Mundo.
Ah, acha que não vai aguentar esperar quatro anos? Então vista o PixelTilt e relembra 19 games de futebol.
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