Das disciplinas que mais gostei

Sempre que olhei o currículo de disciplinas do curso me arrepiava só de ler as tais que acabam com "ia", tipo sociologia, antropologia, filosofia. De fato, sociologia e antropologia não foram as minhas melhores experiências acadêmicas, acabei as duas com pouco mais do que a média e não sei para que me serviram. Atribuo isso a alguns fatores, os professores, turmas grandes, desatenção, nenhum interesse no assunto discutido. A cada aula um assunto que entrava num ouvido e saía no outro sem efeito algum. Pois bem, das três "ias" que o currículo me reservava, deixei para o penúltimo semestre de curso filosofia. A disciplina que eu teria que ter feito no segundo semestre, lá meio bixo ainda. E hoje, afirmo, não podia ter feito melhor em deixar ela para trás.

Início do primeiro semestre de 2011, não tinha tido férias e encarava uma nova realidade, pela primeira vez estudando e trabalhando. Na primeira terça-feira eu caio de pára-quedas num bloco longe dos da Comunicação, numa sala gigante, numa turma de colegas que, no máximo, conhecia de vista e alguns nem sonhava que habitavam a Unisc no mesmo turno que eu. Lembrando que eu não estava sozinha, as amiguinhas companheiras de sempre, estavam lá comigo. Eu, a Nessa e a Daia saímos da primeira aula com a melhor impressão da professora e da disciplina.

Foram aulas sobre Platão, Sócrates, Descartes, Aristóteles, a única disciplina que me fez ter um caderno completo, gabaritar uma prova e responder questões com facilidade. Atribuo isso a ligação feita entre a história dos filósofos e atualidade, mais importante, com o nosso campo profissional. Isso não é puxar o saco ou algo do gênero, é só contar o quão positivo eu considerei esse semestre. A aula de terça foi o meu escape das preocupações, uma turma gigante, divertida, e uma aula puramente teórica que nos fez colocar em prática habilidades da comunicação.

O vídeo

Como trabalho final a professora Rosana pediu um vídeo sobre A Alegoria da Caverna de Platão e a Ética, aí tu lê e pensa: que diabos de vídeo eu vou fazer com isso? Mentes criativas pensaram e pensaram, comunicadores sabem que a imagem e o áudio precisam ser interessantes, de forma que o espectador não desligue da tela. Foram algumas discussões, uma pesquisa na internet e a inspiração em um trabalho visto no Intercom. Feito, só precisávamos gravar e editar. Só!

Uma sexta-feira de noite, final de semestre, concluindo a monografia, dia de ficar com a Pietra, junta tudo numa noite fria na Unisc e pensa num turno divertido. A Daia, muito eficiente, chegou com o cenário e os nossos personagens, juntamos a câmera, o tripé, o fundo branco e nossas mãos. Gravamos, rimos, caímos, rimos, o cenário caiu, continuamos rindo. Acabamos em duas horas com uns 20 minutos de imagens. Aí completa tudo numa noite de terça-feira, gravar o off das imagens, risadas, cooperação de voz de um colega, mais uns 20 minutos de fita. Finaliza aí, uma manhã na ilha de edição, a Marília nunca mais tinha chegado perto do Premiere, lembra como faz, três horas e meia, tudo editado. E muuuitas risadas durante a manhã, lembrando das risadas anteriores.

Trabalho apresentado, aplauso dos colegas e a reação positiva da professora. Assiste aqui a nossa diversão de filosofia, a prova de que aprender com criatividade é melhor. E a certeza de que se eu tivesse feita essa disciplina lá no segundo semestre não teria tido o mesmo aproveitamento. E mais uma conclusão, só a Comunicação poderia me proporcionar isso! =)

O vídeo, logo abaixo, foi produzido por Marília, Daiane, Vanessa, Gustavo e Marcelo. O making of é da Kiki.