sábado, 14 de junho de 2014

É Copa do Mundo!

Quis o destino que a Copa do Mundo 2014 no Brasil fosse sinônimos de vários pontos negativos. Apesar disso tudo, acredito que os protestos e reivindicações deveriam ter sido feitos sete anos antes, em outubro de 2007 - quando o país-sede foi anunciado e todo mundo comemorou. Hoje desejaria que todos aproveitassem este um mês, que por várias edições me dá boas lembranças.

Não sei ao certo por qual motivo lembranças ligadas à Copa me vêm tão fácil na memória. Não sou aficionada por futebol, não morro por um jogo ou brigo por um. Torço, e só. Nasci em 1988, em 2014 vivo meu sétimo Mundial. O de 1990, na Alemanha, eu descarto - com dois anos não lembro de nada. Mas, das seguintes tenho cenas gravadas frame a frame.

O ano do tetra e a fatídica final entre Brasil e Itália. Em 1994 os Estados Unidos se tornaram sinônimo do grito desesperado do Galvão Bueno "é tetraaa, é tetraaa" e da mesma voz o "vai que é tua Taffarel". Sei que não foi só para mim, só que foi depois do grito que o pai pegou eu e depois o mano, um de cada vez, se posicionou ao lado da TV durante a comemoração e esperou que a mãe registrasse o momento em uma das 36 poses do filme.

Já na quarta série da escola eu não pude ver o penta chegar. E que decepção, a Copa da França em 1998 teria um registro único, um livro feito por mim em aula. Completei um a um dos jogos na tabela que havia sido recortada do jornal, pintei o mascote - um galo chamado Footix - e estampei a capa do conjunto de informações sobre a competição, a Seleção Brasileira, o país-sede e tudo mais.

Em 2002 tive minha segunda e última Copa do Mundo em período de escola. Na oitava série me engajei junto com a turma na equipe "Tô na área, se derrubar é pênalti", disputamos a gincana e vencemos. Posso afirmar que foi nesse ano que fiquei sabendo mais sobre outros mundiais. Lembro da noite que liguei de casa para um colega, um tarefa estava comigo, era preciso responder para entregar no outro dia. A questão não lembro ao certo, mas sei que a resposta era Alemanha.

Também, em 2002, fiz parte da torcida coruja. Era a primeira vez que a competição saía do eixo Europa-Américas e era realizada na Ásia. Jogos na madrugada, o Kaká jogando poucos minutos em uma partida cá outra lá, foi a primeira e única ocasião que tive uma pasta de fotos de um ídolo bonitinho. Não posso esquecer do cabelo estilo Cascão do Ronaldo Fenômeno e dos gols dele na partida decisiva, o jogo do penta.

O quinto mundial foi em um ano de transição - sem escola, sem universidade. O Pedro era um bebê de 1 ano e alguns meses. Assisti jogo a jogo ocorridos nas terras alemãs e o hexa não veio. Ah! A cabeçada do Zidane no Materazzi eu vi.

2010, mais um marco na história e a Copa era realizada no continente africano. Eu já estava no meio da graduação em Jornalismo, acompanhei o Aprendiz na Copa e novamente o Brasil não ocupou seu devido lugar. Nesse ano só se falava na próxima Copa, a do Brasil.

O ano tão esperado chegou e apesar dos pesares, não sou contra. Eu curto, é uma festa ímpar, única. Espero que o hexa venha, que a minha lista de memórias ganhe inúmeros itens. E garanto, os primeiros já foram escritos nestes três primeiros dias de competição.

Posso começar pelo nome da bola e do mascote - a Brazuca e o Fuleco. A tal da Caxirola, que deveria ocupar o lugar como vuvuzela brasileira, mas foi descartada no primeiro teste. Este também é o primeiro Mundial que passo namorando. Tem o Jô na Seleção, o Jô! Espero ver o Oscar como o cara da Copa, pelo bom jogador, menos badalado e as raízes coloradas. Ah, não lembro de ter tido uma overdose tão grande de jogos transmitidos em TV aberta.

Aproveitem, é um mês que preenche anos (quatro, mais exatamente!).

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