sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mais uma primavera

Nasci um mês depois da Constituição Federal de 1988. Sou fruto de um Carnaval. Fui filha única por quatro anos, continuo única – afinal ele é filho único. A vó me cuidou durante um ano – todos os dias, depois quando acordar era sinônimo de sair para rua, a mãe resolveu ter uma babá. Entrei na escola aos 5 anos, quando o indicado era ingressar aos 6. Era a maneira de ficar mais perto da mãe, professora estadual. Não precisei fazer duas vezes a pré-escola. Até a 8ª série fui a filha da Nadir. No ensino médio descobri que podia matar aula, não fazer exatamente o que o professor pedia e nem por isso deixei de apresentar boas notas.

Em 2005 saí da escola, cumpri as regras e fiz o vestibular – Fisioterapia. Entrei, frequentei duas aulas e tive certeza que estava no lugar errado. Saí, passei um ano com o meu Pedro. Em 2007 entrei no Jornalismo, não precisei de duas aulas para saber que estava no lugar certo. Amei cada passo, chorei, sorri, estressei, perdi o ônibus, enjoei na viagem, descobri que motoristas e cobradores podem ser queridos se forem tratados com simpatia. Participei de cada projeto que me ofereceram, fui estagiaria voluntária e bolsista. Não fui tão bem na monografia, adquiri meu maior trauma na formação. Me redimi comigo mesma no projeto experimental, com um dez. Me formei, festejei com a minha família e com quem seria a pessoa mais especial da minha vida.

Passei de estagiaria a jornalista de carteira assinada. Hoje sou namorada, dinda, filha, neta, irmã, prima, daquelas que quer sempre o melhor do outro. O Ministério do Trabalho me registrou, sou jornalista profissional – assino assim com orgulho. Não foram cinco matérias publicadas que me deram isso, foi a formação acadêmica. 

Agora completo mais uma primavera, literalmente. 24 anos. Penso, repenso, e tenho tanta coisa por fazer ainda.

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