segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lembranças, boas lembranças

Ontem, dia das mães, sinônimo de Confraria da Vida na minha família. O post vale para ficar gravado na minha memória eletrônica o que nunca vou apagar da minha memória real. Os almoços de família no domingo já não são como antigamente. As crianças cresceram e a quarta geração está recém se encaminhando para chegar ao mundo. Mesmo assim eu me sinto bem em domingos de junção familiar. Ontem, especialmente, tivemos papos bem nostálgicos. Não foram todos na mesma roda de conversa, pelo contrário, surgiram em momentos distintos do dia. Ao contrário de anos atrás a terceira geração não chega mais tão cedo para brincar com os brinquedos da casa da Vó, chegamos mais perto do meio dia, olhos inchados de tanto dormir, afinal a noitada foi longa. Mas os domingos em que chegávamos cedo são sempre motivos de ótimas lembranças. Brincar de circuito na praça que tem na frente da casa, de mês, de elefante colorido, de mamãe eu posso ir, de túnel do terror. Ah! Uma infinidade de brincadeiras que nos divertiram por várias tardes dominicais. Em meio a tantas frases de lembranças que ontem eu escutei, como boa jornalista e observadora, duas valem um “RT”. Uma da minha mãe em um papo com a cunhada, as duas nos observando em uma conversa animada e de uma sintonia impar. Disse ela: “Pena que eles convivem tão pouco.” Leia-se: cada um com seus compromissos de “gente grande” passamos a morar longe um do outro, mesmo morando na mesma cidade pouco nos vemos. Eu, por exemplo, passo o dia em Santa cruz, mal vejo quem mora comigo que dirá quem não está bem pertinho. E a segunda frase foi do meu tio, já mais no final de tarde, ao som de Fagner, ele disse a minha Vó: “Grande domingo em véia?!” E a Vó respondeu com um sorriso no rosto que já viveu 86 primaveras e mesmo assim ainda corre porque um só come massa, ou só gosta de salada de alface, e não pode esquecer daquele que só come doce de chocolate. Ah! Esses domingos valem a pena, lamento não ter mais tempo para estar entre eles. Estar junto é sinônimo de sorrisos, de papos sérios, de apreciar boas músicas, e também de lembranças que vez ou outra viram lágrimas. Sei que o que passou não volta, que nada mais será igual já foi um dia. E disso o que fica é que precisamos aproveitar cada momento com a nossa família, porque não existe ex-mãe, ex-irmão, ex-primo. Eles são para sempre, e se tu ama? Diz; se tu gosta da companhia? Demonstra; se tu quer estar junto? Faz um esforço e abra mão de alguma coisa para que isso se concretize.

2 comentários:

  1. Fiquei muito emocionada ao ler o que escreveste,tenho uma JORNALISTAEMFORMAÇÃO em casa!!!
    Te amo,filha!!!

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  2. Bah, até sei qual tio falou da GRANDE Vó sobre o GRANDE domingo! huaeuheauhea Bah prima, sensacional esse teu texto.. Concordo plenamente ctg. Apesar de tudo, não é mais a mesma coisas os domingos. Qdo nós eramos menores aquilo era o paraíso. Contava as horas pra chegar e nao qria que terminasse... hehe... Parabéns pelo texto. Bjaooo. Do GRANDE primo, Bruninho.

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