domingo, 16 de maio de 2010

O melhor presente

Vou escrever, hoje, sobre uma criaturinha que neste exato momento se encontra deitada no meu lado, assim como todas as vezes que eu estou no computador. Ou em qualquer lugar da casa. De quem eu falo? Da Mell, a minha cachorrinha sem raça definida e que jura que é gente. Eu ganhei uma bolinha preta e peluda cheia de pulga há quase oito anos.

Lembro direitinho: segunda-feira, 04 de novembro de 2002, quase 11 horas da noite. Estávamos eu, a mãe e o mano em casa. Tudo normal até aí, a não ser o pai que não tinha chegado ainda, na época ele tinha um caminhão. Pois bem, ele chegou na frente de casa e nem desceu do caminhão só buzinou, a mãe saiu braba “ora buzinar a essa hora de noite?!” e ele só entregou um moleton embolado e se mandou. Quando a mãe entrou em casa abriu o moleton e dentro estava aquela bolinha preta. Eu olhei e disse: “é a Mell” e o mano: “é o Zé”. Esperamos o pai chegar de volta e dizer o que significava mais um cachorro em casa. Ele contou que tinha ganhado ela de um amigo e que esse seria o meu presente de aniversário, já que faltavam poucos dias. E até hoje considero: O MELHOR PRESENTE.

Aquela que não reclama se eu resmungar, não se importa quando eu estou braba e acabo descontando nela, e para completar se eu sair cinco minutos de casa ela me recebe com a mesma festa como se eu tivesse passado um mês longe. Já escutei de várias pessoas para não me apegar por que um dia ela vai morrer. Mas e aí? Quem não morre? Alguém aqui é imortal? É natural, tu gosta, te apega. E invariavelmente vai sofrer quando o ser amado for embora. Prefiro não pensar no fim, viver o hoje serve para tudo.

Quero aproveitar os momentos com ela. Conversar e ela me responder, cada uma do seu jeito. Dar carinho toda vez que ela pedir, seja as 6 da manhã antes de ir pegar o ônibus, seja no sol do inverno depois do meio dia. Ter sempre a cadeira do meu lado ocupada, ou a minha própria cadeira dividida. Dar banho nela e na hora de secar tomar um banho porque ela se sacudiu. Dividir tudo que como com ela da carne ao queijo. Levar ela até a esquina só para esticar as patas. Eu quero cuidar do meu anjo preto peludo de quatro patas.

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